São Paulo luta pela classificação na estreia de Leão

Com apenas dois dias de trabalho após as "férias" de 14 meses - período em que ficou desempregado -, o técnico Emerson Leão tem nesta quarta-feira a missão de classificar o São Paulo para as quartas de final da Copa Sul-Americana. Na estreia do novo comandante, o time entra no estádio Nicolas Leoz, em Assunção, no Paraguai

Emerson Leão é o novo técnico do São Paulo

Emerson Leão é o novo técnico do São Paulo. A diretoria tricolor acertou a contratação do comandante na manhã desta segunda-feira. Leão já assumirá o time nesta tarde, comandará o treino e viajará com o grupo para o Paraguai, nesta noite.

"O Leão se encaixa perfeitamente no que desejamos. É um técnico vitorioso, de comando e com forte identificação com o torcedor. Além disso, claro, temos como referência seu excelente trabalho deixado no clube", afirma Adalberto Batista, diretor de futebol.

Em sua primeira passagem, Leão teve trajetória vitoriosa. Assumiu a equipe no lugar de Cuca em setembro de 2004 e levou o time do sétimo ao terceiro lugar do Brasileiro, classificando para a Libertadores do ano seguinte.

Em 2005, ele foi campeão paulista com duas rodadas de antecedência (apenas uma derrota) e deixou o time pronto para Paulo Autuori assumir rumo ao título da Libertadores. O aproveitamento de Leão à frente do tricolor é de 69% dos pontos, entre os melhores do clube.

"Minha volta ao São Paulo é um reencontro com o passado. É estar no lugar certo na hora certa. Estou muito feliz por voltar ao São Paulo. Conheço o clube e o clube me conhece", disse Leão, que assinou contrato até o fim do ano com o Tricolor, com a possibilidade de prolongar este vinculo.

ATLÉTICO DE GOIAS X SÃO PAULO

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HOJE A HISTÓRIA É OUTRA, VAMOS CONFIAR EM NOSSO HOMEM GOOL.

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Surpreso por idolatria, Luis Fabiano deixa festa de lado e chama jogo com o Flamengo de final

A espera da torcida são-paulina acabou. Após seis meses de lesões, testes, fisioterapia e ansiedade, Luis Fabiano está pronto para reestrear no próximo domingo, diante do Flamengo, em um Morumbi lotado com 60 mil pessoas em jogo válido pela 27ª rodada do Brasileirão.

O atacante se recuperou da grave lesão no joelho direito, que o tirou dos gramados por meio ano, algo que nunca tinha acontecido em sua carreira. A festa dos torcedores em sua volta ao São Paulo, o apoio que recebeu e a recepção calorosa pegaram o 'Fabuloso' de surpresa: "Eu esperava uma certa recepção, mas não tão grande como foi. Foi muito legal, sabia que tinha deixado um certo carinho com a torcida são-paulina. Estou gostando muito".

"Tive muito apoio do torcedor, em todo lugar que eu ia. Eles mostravam sua expectativa pela minha volta. Isso é importante, dá força. No jogo mil do Rogério, não queria entrar em campo, para mim era uma frustração entrar no campo e não poder ajudar meus companheiros. O Rogério pediu para entrar e fui lá. Aquilo me deu uma força muito grande. Nunca vi o torcedor insatisfeito ou com dúvida sobre minha volta", afirmou o jogador, em concorrida entrevista coletiva, nesta sexta-feira.
Questionado sobre o porquê de tamanha idolatria por parte dos são-paulinos para com ele, Luis Fabiano respondeu: "Desde a minha primeira passagem pelo São Paulo, em todas as partidas, vesti a camisa de verdade. Mesmo não tendo ganhado títulos, o torcedor percebe quem veste a camisa por amor. Esse carinho todo é porque vesti a camisa do São Paulo com orgulho. Por isso que hoje sou o que sou e me tornei um ídolo dos são-paulinos. Eles veem que é verdadeiro o amor que sinto pelo clube."

O atacante disse saber de sua responsabilidade junto ao grupo e ao clube, mas acredita que não será mais ou menos cobrando por isso e não admite pensar que a casa cheia para o jogo contra o Flamengo seja apenas por sua causa.

"A partir do momento que entrar em campo, sei da minha responsabilidade. O torcedor vai cobrar, assim como qualquer outro companheiro. O torcedor vai depositar uma esperança muito grande, com gols e vitórias. Quando entrar, a cobrança vai ser normal. É logico que tem que ter um pouco de paciência porque estou voltando agora", pediu.

"O torcedor tem amor pelo São Paulo, não exclusivamente para me ver. Eu sou só um incentivo para essa massa, está sendo legal. Vai ser bonito, mas a partir do momento que a bola rolar é final, amigo. É jogo importante, a festa a gente faz depois do jogo, se Deus quiser com uma vitória", continuou o jogador.

O que Luis Fabiano não admite é pensar que está em dívida com a torcida por causa do tempo em que ficou parado. "Não, de maneira nenhuma. Isso faz parte do trabalo do atleta, infelizmente desde que cheguei minha lesão não melhorava, só piorava. Não estou em dívida, todo mundo entende que foi falta de sorte, que o atleta está sujeito a isso. Me dediquei para voltar o quanto antes. Agora é esquecer o passado e pensar que daqui para frente posso dar alegrias ao torcedor", falou.

Quando deixou o São Paulo, há sete anos, o atacante fez último jogo exatamente contra o Flamengo, com derrota por 1 a 0. Desta vez, ele promete o troco: "Vou me vingar, pode ter certeza". 

Contra o Flamengo, São Paulo estreia 'diferencial' Luis Fabiano pelo título

Diretoria, comissão técnica e jogadores do São Paulo passaram todo o Campeonato Brasileiro prevendo que faltava um centroavante para o time embalar. Às 16 horas (de Brasília) deste domingo, Luis Fabiano, enfim, estará em campo para provar sua condição de fundamental para o título e logo diante do Flamengo, um rival direto.

Na primeira partida no Morumbi pelo Tricolor desde 2004, o camisa 9 terá que mostrar total recuperação da lesão em tendão próximo ao joelho direito que o fez passar por duas cirurgias e o impediu de atuar nos últimos sete meses. O artilheiro que custou mais de R$ 17 milhões terá que cumprir sua missão com sua principal característica: gols.

O estádio estará lotado, sob intensa expectativa de que o centroavante seja mesmo o diferencial que faltava para a equipe ter sucesso dentro de casa. A festa está armada. "É legal, vai ser bonito. Mas quando a bola rolar, amigo... É final, jogo importante que vale três pontos. Faremos festa depois do jogo, se Deus quiser, com uma vitória", prometeu o próprio atacante.

Adilson Batista terá à disposição o ataque que sempre sonhou, e ambos não puderam ser escalados na última rodada, no empate com o Botafogo, no Engenhão. Dagoberto, já recuperado de dores no joelho direito, será o companheiro de Luis Fabiano. A novidade ofensiva é que Lucas volta ao meio-campo, sua posição original, com Cícero passando para a reserva.

Na defesa, o treinador terá João Filipe, vetado na última rodada por questões contratuais, à disposição, mas não poderá contar com o lateral direito Ivan Piris, suspenso. É provável que opte por improvisar o volante Wellington no setor. Desta maneira, mantém a marcação no meio-campo com Denílson, Carlinhos Paraíba e Casemiro, que retorna após cumprir gancho.

Os são-paulinos, em terceiro lugar na competição e a três pontos do líder Vasco, não podem tropeçar. O Flamengo vem animado por terem coloca um fim ao jejum de dez jogos sem vitória quando venceu o América-MG no fim de semana passado. Se embalarem ganhando no Morumbi, se recolocam na briga por uma vaga na Libertadores, meta traçada por Vanderlei Luxemburgo.

Dentro de campo, o técnico terá os retornos do zagueiro Alex Silva e do atacante Ronaldinho Gaúcho, que cumpriram suspensão, além do volante Willians, recuperado de lesão. No entanto, o lateral direito Leonardo Moura, suspenso, vai dar lugar ao jovem Galhardo.

Ex-jogador do São Paulo, Alex Silva crê que o rival terá o incentivo do presidente Juvenal Juvêncio para vencer a partida. No entanto, o defensor acredita que os rubro-negros possam sair do Morumbi com uma vitória.

"Sei o que acontece nos bastidores. Sei que 'Papai Juvenal' vai motivar bem a equipe dele, e olha que a premiação lá é boa. Estou até pensando em ligar para ele e dizer que não adianta ele enfiar a mão no bolso, porque nós vamos fortes para o jogo", disse.

FICHA TÉCNICASÃO PAULO x FLAMENGO
Local: estádio Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 2 de outubro de 2011, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Fabrício Neves Correa (RS)
Assistentes: Bruno Boschilia (PR) e Júlio César Rodrigues Santos (RS)

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Wellington, João Filipe, Rhodolfo e Juan; Denilson, Carlinhos Paraíba, Casemiro e Lucas; Dagoberto e Luis Fabiano
Técnico: Adilson Batista